Após sete meses no Haiti, os militares limeirenses, soldado Tomas Dalton Marciano, 24, e cabo Marco Carneiro, 23, retornaram anteontem a Limeira onde respiram aliviados depois de sobreviverem ao terremoto que atingiu a capital Porto Príncipe dia 12 de janeiro. Eles relataram à Gazeta a experiência vivida no país mais pobre das Américas.
Dalton, morador do Parque Nossa Senhora das Dores, ainda “mata” as saudades da família. O jovem deixou o Haiti quinta-feira, chegou ao Brasil sexta-feira e passou por bateria de exames em Campinas, na base da Infantaria Leve do Exército Brasileiro. Carneiro também passou pelo procedimento.
Os sentimentos do soldado se dividem entre a felicidade do retorno, a lembrança e os traumas provocados pelo terremoto e as lições adquiridas no Haiti. Dalton afirma que quando chegou a Porto Príncipe, trabalhando em rondas e distribuição de alimentos em missão de paz pelo Exército Brasileiro, não imaginava que a situação do local poderia piorar. “Ficamos em Cité-Soleil onde a pobreza é realidade há muito tempo. A miséria existe aqui no Brasil, mas lá é diferente. Se entregávamos um alimento para um morador, precisávamos escoltá-lo até sua casa para que não fosse roubado”, conta.
A lembrança mais marcante antes da tragédia é o olhar da criança haitiana. O limeirense conta que viu pais tirando água e comida dos filhos para consumir primeiro e só depois, se houvesse sobra, davam às crianças.
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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