segunda-feira, 12 de julho de 2010

Com 189,2 mil veículos, mecânicos e funileiros estão em falta


Érica Samara da Silva - Além de reflexos como congestionamento e falta de vagas de estacionamento, o aumento de veículos em Limeira é sinônimo de outro problema para o motorista: dificuldade em obter reparos nas oficinas mecânicas e funilarias. Há estabelecimentos que rejeitam clientes e chegam a contratar pessoas sem qualificação para ensinar a tarefa na prática.

Segundo a Secretaria Municipal dos Transportes, Limeira atingiu a marca de 189.253 veículos ao final do primeiro semestre de 2010, 9.923 a mais que os 179.330 contabilizados em junho de 2009.

Sobram carros nas ruas e faltam profissionais especializados. Essa é a conclusão de Ivan Pereira, presidente da Associação dos Reparadores de Veículos de Limeira (Assorvel). Ele alega que o Senai promove cursos para formação de novos mecânicos, mas a legislação trabalhista é um empecilho para a aprendizagem prática nas oficinas. “Não posso contratar um aprendiz para ficar quatro horas por dia na oficina. O custo é alto pelo tempo de permanência”, explica.

A Assorvel estima, considerando o grande número de estabelecimentos informais, a existência de 200 oficinas em Limeira. As de grande porte realizam, no mínimo, 250 atendimentos por mês, e as menores chegam a 120. O número poderia ser ainda maior não fosse muitas vezes a insuficiência física para receber mais veículos e a carência de mão de obra. Para Pereira, o cenário tende a piorar.

Considerando o que chama de explosão da frota no Brasil nesta década, principalmente a partir de 2005 com a facilitação de financiamentos de veículos novos, a carência de mão de obra qualificada só está começando a se evidenciar. “Esses veículos tiveram de dois a três anos de garantia. Mesmo com os avanços e maior durabilidade dos componentes dos veículos, a procura nas oficinas, de forma mais intensa, só está no início”.

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Foto: Fernando Carvalho

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