quarta-feira, 7 de julho de 2010

Prefeitura inicia processo de encerramento do aterro

Renata Reis - Um dos últimos itens para conclusão do processo para as atividades do novo aterro sanitário é o encerramento do atual. Embora ainda estejam sendo elaborados projetos para melhorar e otimizar o espaço do que ainda está em funcionamento para que mais lixo possa ser depositado, para a Cetesb o fim da vida útil está definido. Só mais oito meses de prazo.

O órgão emitiu, na semana passada, a Licença de Operação a Título Precário (LOTP), que se encerra em outubro. O documento quer dizer que todas as exigências feitas para o bom funcionamento do atual aterro terão de ser seguidas à risca, sujeitas a inspeções periódicas pelos fiscais da Cetesb, para que nova licença possa ser emitida, provavelmente a última. Isso se a Prefeitura não apresentar em tempo novo projeto que dê um pouco mais de fôlego ao local. “Vamos usufruir ao máximo. Há um espaço entre uma célula e outra que ainda tem condições de receber bastante lixo. Estamos finalizando o estudo e, em um mês, apresentaremos à Cetesb”, conta o secretário de Obras, Celso José Gonçalves.

Enquanto o projeto não é apresentado, para o gerente da agência de Limeira, Adílson Rossini, o encerramento das atividades acontecerá em março. O documento que garante prazo maior de sobrevida passará por análise de técnicos especializados de São Paulo. “Enquanto isso, monitoramos os serviços”, diz o gerente. Mesmo diante de uma espécie de contagem regressiva, Rossini não acredita que Limeira passe pelo transtorno de não ter um local para destinação do seu lixo.

Os resíduos hospitalares, há anos, são transportados para uma empresa de incineração em Paulínia. Recentemente, o chorume começou a ser encaminhado à estação de tratamento de esgotos de Jundiaí, uma das exigências da Cetesb para obtenção da LOTP. “Solicitamos que o chorume deveria ser devidamente armazenado para evitar a contaminação do solo e das águas, em Limeira ou em outro local. Como a Prefeitura não possui local para tratamento, decidiu encaminhar para outra cidade e verificamos que o transporte tem sido feito regularmente todos os dias”.

EXIGÊNCIAS

Além da destinação correta do chorume, a Prefeitura realizou o plantio de gramíneas para evitar erosão e fez reparos nos taludes mais antigos. Também foram adquiridos dois tratores de esteira novos e realizadas drenagens que estavam pendentes.

Todos esses trabalhos precisam estar em perfeitas condições para que a Prefeitura possa concluir o processo de encerramento do aterro, assim como todos os trâmites do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (Eia/Rima) para, em seguida, solicitar a licença de instalação do novo aterro. A Prefeitura deverá se programar para a impermeabilização e drenagem do atual aterro porque, mesmo encerrado, ainda passará por anos em monitoramento.

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