sexta-feira, 2 de julho de 2010

Obra em velório incomoda familiares de falecidos

Daíza Lacerda - Obras no Velório Municipal no último sábado, 26, constrangeu familiares dos falecidos que eram velados. Segundo parentes, logo no início da manhã começou a quebra e retirada de canteiros da área do velório o que, além de barulho, ocasionou muita poeira, iniviabilizando até mesmo conversas ou audição de missas dentro do local. Três pessoas eram veladas na data.

“Era um dia quente, e precisamos ficar com as portas fechadas devido ao barulho e poeira”, informou um familiar, que enfatiza não ser contra a reforma, mas esperava que pudesse haver aviso prévio que viabilizasse outro local para o velório de seus entes, em capelas ou mesmo no cemitério Parque.

“O barulho estava ensurdecedor, com britadeiras e marretas. É falta de planejamento e de consideração às famílias”, acrescenta outra familiar. A pessoa lembra que chegou a pedir providências para um funcionário da funerária, que respondeu que o velório teria de ser realizado naquele mesmo dia. “O tratamento foi um tanto ríspido”, reclamaram. A poeira tomou conta até mesmo das urnas, relataram. “Outros parentes que moram fora ficaram perplexos. Só aqui acontecem essas coisas”, opinam.

Segundo a Prefeitura, a administração do Cemitério Saudades afixou avisos durante 20 dias antes do início das obras. “É uma reforma grande e que atende reivindicações das famílias usuárias do local e está sendo realizada pelas funerárias da cidade, sob coordenação de um funcionário do Velório Municipal. As funerárias, quando requisitadas pelas famílias, avisam sobre a obra, porém, fica a critério da família a velação ou não do corpo de seu ente querido no local, mesmo com as obras de reforma”, informou a assessoria, acrescentando que não houve manifestações anteriores referente à obra. “Todas as famílias têm aceitado a situação, quando optam pelo velório ali”. Prefeitura esclarece ainda que não é possível “esperar um período ocioso” para a realização das obras, mas é dada às famílias, a critério delas, a opção de que velem os entes em casa, igreja ou no Cemitério Parque.

As funerárias consultadas, indicadas como responsáveis pelo trabalho do dia, informaram que o aviso prévio das obras é feito às famílias. O coordenador do Velório, Robson Flores, defendeu o mesmo. “Conversamos com todas as famílias, inclusive, uma delas, optou pelo velório na capela”, disse. No entanto, os familiares que se sentiram lesados garantem que não houve aviso. “Não fomos avisados de forma alguma, e temos a documentação dos trâmites para provar. Se soubéssemos, certamente teríamos ido para outro local”, defendem-se.

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