quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Funcionário é internado com 11% da face e os braços queimados

O incêndio de anteontem na Uniplastic feriu um funcionário da empresa, que está internado na Santa Casa de Limeira. O quadro não é grave, segundo o hospital, mas não há previsão de alta.

O auxiliar de produção A.R.F.O., 31 anos, morador do Jardim Santa Eulália, teve queimaduras de até segundo grau no tórax e braços. Ele teve 11% da parte superior (face e braços) queimada, o que tornou sua internação na Unidade de Tratamento de Queimaduras (UTQ) necessária.

A vítima está consciente, o que é um bom sinal, segundo a Santa Casa. Não haverá necessidade de cirurgia e o funcionário recebeu tratamentos e curativos. O proprietário da Uniplastic acompanhou de perto o estado de saúde da vítima, mas a reportagem não conseguiu localizá-lo.

No quarteirão do incêndio, novamente interditado na manhã de ontem, a direção da Elevac, empresa que produz elevadores, instalada ao lado da Uniplastic, contabilizava os prejuízos. Transformadores, telhas, vidros, luminárias, compressores, muros e cerca elétrica foram danificados. A produção foi interrompida por falta de energia elétrica.

A Elevac pretende sair do local, porque alega que não dá mais para se submeter ao risco de continuar vizinha de uma empresa que utiliza produtos inflamáveis. A direção pretende migrar para um distrito industrial.

Num barracão, que fica aos fundos da Uniplastic, o telhado derreteu e a estrutura da parede de trás, segundo o proprietário Francisco de Assis Duarte, está comprometida. Ele aluga o barracão para uma empresa de escapamentos e ainda não sabe quem vai pagar pelo prejuízo. M.F.M., dona de um Ford Ka estacionado nas imediações, teve o veículo bem danificado.

MEDO

Casal de empresários, que moram em frente e tem uma marcenaria ao lado da Uniplastic, Débora Bueno e Reinaldo Bueno, dormiu fora de casa depois do incêndio. O filho de 12 anos, viu as chamas, se assustou e a família foi para a casa de um parente. “Evitamos o cheiro forte que exalava, mesmo após o incêndio estar sob controle”, diz Bueno.

A vendedora Rosana Toledo Bernardo ficou em casa apesar do susto. “Minha residência era a única que tinha energia elétrica na rua. Para a moradora, que mudou ao local quando não havia nenhuma empresa no quarteirão, a convivência próxima a um local que utiliza produtos químicos, já era sinônimo de transtornos. “O cheiro forte, muitas vezes, me obriga a tampar o ralo do quintal”, afirma.

Os idosos Laudo de Almeida, 77, e Ruth Almeida, 72, ficaram em casa à noite, mas não conseguiram dormir à noite de tanto medo. “Na hora do incêndio, saí correndo de casa com os meus netos, que choravam sem parar”, conta Ruth. Almeida ainda conta que passou por um grande transtorno no momento do incêndio, porque precisava tomar remédio para diabetes.

Ontem, a Defesa Civil acompanhou os trabalhos de outros órgãos, como a perícia, para em seguida avaliar se haveria necessidade de interdição de algum prédio ou residência.

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