quinta-feira, 8 de abril de 2010

“Escola de Mulheres” traz Oscar Magrini e Erik Marmo ao Teatro Vitória

Traição e ciúme são alguns dos ingredientes que estarão em cena no Teatro Vitória hoje com "Escola de Mulheres", dirigido por Roberto Lage. Oscar Magrini, Erik Marmo e Thais Pacholek formam o triângulo amoroso escrita pelo dramaturgo francês Molière.



A comédia, que conta ainda com Flavio Faustinoni, Gerardo Franco e Cris Bonna, foi traduzida por Millôr Fernandes e conta a história de Arnolfo, que se envolve com mulheres comprometidas devido ao temor de ser enganado no casamento. Tal medo o levou a adotar uma menina, Inês (Thais Pacholek), e a "educá-la" num convento, para se casarem no futuro. "É o cara que acha que sabe de tudo sobre os truques das mulheres para enganar os maridos, por isso procura criar a menina de forma inocente e ignorante, para que seja submissa a ele", conta Oscar à Gazeta. No entanto, ao sair do convento, ela se apaixona por Horácio (Erik Marmo), filho de um amigo de Arnolfo.
Para o ator, que trabalhou em novelas como "O Rei do Gado" e "Negócio da China" e "Sinhá Moça", atualmente reprisada pela TV Globo, a obra escrita em 1662 continua atual. "Os textos de Molière são sábios, com sagacidade e o humor ácido com o qual descrevia a burguesia. Fala do preconceito, das coisas de que o homem pode e mulher não, tratando muito sobre a moral", diz.
Já o personagem de Erik Marmo é o que traz o conflito à história. "Os planos de Arnolfo vão bem até o aparecimento de Horácio, que ainda se confidencia com o amigo sobre a sua paixão por Inês, sem saber da ligação dos dois. As coincidências e acasos dão o tom hilário ao texto", lembra Marmo, que atuou nas novelas "Malhação", "Alma Gêmea" e "Três Irmãs".
Além de ser o pivô da peça, o formato foi outro ponto que atraiu Erik. "São falas longas, com reações e situações onde não se pode reagir, o que beneficia a atuação. Passamos bastante tempo falando, e também ouvindo, o que é outro ponto forte da época, já que hoje em dia as pessoas se interrompem o tempo inteiro", salienta.
A mesma característica é avaliada por Magrini. "Participar deste clássico é um desafio, pois proporciona contracenar com as pessoas, com a plateia e comigo mesmo", diz o ator, que tem na peça a comemoração em grande estilo dos seus 20 anos de carreira, que contempla ainda o cinema, além da TV e dos palcos.
Apesar da idade da obra, a linguagem não é fator para assustar. "A tradução do Millôr é muito boa, porque apesar da época, não é uma linguagem carregada, formal. É fiel, mas com maior sutileza, sem perder as características, até mesmo porque Moliàre falava para o povo", lembra Erik.

ESTÚDIOS E PALCOS
Oscar elege o teatro "como a grande arte", e sua prefêrencia para atuação. "É no palco, com a reciprocidade do público, que está o grande aprendizado do ator", salienta. Com o ritmo de gravação de oito novelas em quatro anos, o ator prefere intercalar os trabalhos entre os estúdios e os palcos. "É difícil conciliar horários para gravação de TV e teatro, ainda mais em situações como a atual, com dependência de aeroportos. Por isso, prefiro fazer bem um trabalho de cada vez", explica o ator, que começa a gravar em maio o longa "Correndo na Parede", produção de Marcos Barbosa, neto do dramaturgo Benedito Ruy Barbosa.
Erik destaca a diferença dos trabalhos com o suporte do público, em que a plateia pontua a peça. "Na TV, o ator estuda a cena, que fica a cargo da própria concepção. No teatro, temos o suporte do público", diz.
Ambos convidam os espectadores para o espetáculo de hoje, às 20h30, que promete descontração. "É uma comédia para toda a família", lembra Oscar. "O texto é ótimo e as situações bem montadas, o que tornam o riso inevitável", finaliza Erik.
O espetáculo começa às 20h30, no Teatro Vitória, que fica na Praça Toledo Barros, Centro. Os ingressos custam R$ 35 com bônus da Gazeta de Limeira. (DL)

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