sábado, 26 de junho de 2010

Estudo na região mostra que mulher tem mais sequela no rosto por falta de cinto


Renata Reis - Em levantamento realizado pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, com base em atendimentos feitos na área de cirurgia buco-maxilo-facial, as mulheres acidentadas utilizaram menos dispositivos de segurança em comparação aos homens e, por isso, tiveram mais sequelas no rosto.

A pesquisa utilizou dados de mais de 2 mil pacientes com traumas faciais, provenientes de acidentes automobilísticos em Piracicaba, Rio Claro e, principalmente Limeira, no período de 1999 a 2007. O estudo foi conduzido pela cirurgiã-dentista Márcia Socorro da Costa Borba, sob orientação do professor Roger Willian Fernandes Moreira e co-orientação do professor Renato Sawazaki, que detalhou que 51,6% das mulheres e 46% dos homens não estavam usando nenhum tipo de proteção quando se acidentaram.

Os números surpreenderam até mesmo os profissionais envolvidos, já que a mulher, em geral, é tida como mais cuidadosa no trânsito e preocupada em respeitar regras. Mas, conforme Sawazaki, ao se aprofundar no histórico dos prontuários das vítimas, descobriu-se que as mulheres não estavam na direção, mas como passageiras. Ao contrário dos dados nacionais, em que é levada em conta apenas a condição do motorista no momento do acidente, na pesquisa da FOP foram considerados todos os passageiros do veículo e, por isso, o levantamento conta com um panorama mais completo da situação. “Passageiros, principalmente os do banco traseiro, normalmente acham que não precisam usar o cinto, preocupando-se apenas com multa. Não se atentam às possíveis consequências de um acidente”, ressalta.

Na linha de pesquisa da FOP, as principais fraturas são na mandíbula e órbita (que envolvem os ossos em volta do olho, nariz e parte superior dos dentes). As sequelas vão desde perdas da função motora, visão, dificuldades para mastigação, até estruturas nervosas e os estéticas, que dependendo do impacto podem permanecer para o resto da vida.

CADEIA DE PREJUÍZOS

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